LINHA ABERTA - COM HERNÂNI CARVALHO - EMISSÃO DE
DIA 16 DE OUTUBRO
Com a presença de Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses
CLICAR NO LINK A SEGUIR:
A Proteção Civil revelou que o dia de ontem foi o pior do
ano quanto a incêndios, tendo sido ultrapassados os 300 fogos florestais. Marta
Soares acredita que terrorismo está por detrás das chamas
O
dia de ontem ficou marcado como o pior do ano relativamente aos incêndios.
Morreram duas pessoas em Penacova, vítimas do fogo, e uma na Sertã.
Para
Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, este domingo
ultrapassou-se “o simples incendiário”, afirmando ao i que não tem dúvidas de
que os incêndios têm origem criminosa. No entanto, vai mais longe e chega mesmo
a colocar a hipótese da existência de uma organização terrorista por detrás
destas tragédias, a controlar e a estudar pontos estratégicos para originar
incêndios de grandes dimensões, com o objetivo de criar instabilidade política
no nosso país. “Acredito que haja uma organização terrorista que esteja
premeditadamente e organizadamente a incendiar o nosso país, é uma forma de
criar instabilidade”, explica.
Marta
Soares referiu ainda que estes incêndios são um perigo para a nossa economia,
porque estão relacionados com o meio ambiente e com a perda de vidas humanas e,
por isso, é necessário averiguar e aprofundar todas estas questões para
entender se existe ou não terrorismo e interesses à mistura. “Com a experiência
que tenho, não acredito que seja um simples incendiário ou quaisquer tipos de
interesses, ultrapassa esse estilo de funcionamento”, sublinha.
O
responsável relembrou ainda que os “responsáveis políticos deste país” devem
fazer “uma reflexão rápida daquilo que deviam ter feito e não fizeram” e,
apesar de confiar no valor e qualidade das nossas forças de segurança, é
preciso disponibilizar mais meios para que a questão possa ser averiguada de
forma rápida e eficaz, criando “estratégias para pelo menos diminuir os
prejuízos desta situação”, conclui.
RAFAEL MARCHANTE
17.10.2017 08h57
Os
incêndios já destruíram este ano em Portugal mais de 316.100 hectares, segundo
o sistema da Comissão Europeia, que aponta para quase 54.000 hectares queimados
só no domingo, o pior dia do ano em número de fogos.
Os
dados disponíveis ao início da manhã de hoje no EFFIS - Sistema do Centro de
Investigação Comum da Comissão Europeia, que apresenta áreas ardidas
cartografadas em imagens de satélite, indicavam que só na zona do Pinhal
Litoral, que abrange o Pinhal de Leiria, arderam no domingo e na segunda-feira
11.394 hectares.
Depois desta, a maior área destruída pelas chamas que deflagraram no domingo
foi na região do Pinhal Interior Norte, que abrange os concelhos de Penacova e
Arganil, entre outros, onde arderam mais de 16.000 hectares, segundo o EFFIS.
Se aos incêndios de domingo se juntarem os que deflagraram no sábado e na
segunda-feira, o EFFIS apresenta um total superior a 64.000 hectares ardidos.
O país da União Europeia que mais se aproxima de Portugal em área ardida é a
Itália, que apresenta um total de 133.526 hectares ardidos, menos de metade do
território português.
O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF), com dados até final de setembro, indicava que os incêndios florestais
tinham queimado este ano mais de 215 mil hectares, o valor mais elevado dos
últimos 10 anos.
Só os grandes incêndios (mais de 100 hectares) foram responsáveis por quase 90%
do total de área ardida, segundo o ICNF.
Segundo os dados do ICNF, os piores anos de sempre em área ardida registaram-se
em 2003 (425.839 hectares) e 2005 (339.089).
No comments:
Post a Comment
Note: Only a member of this blog may post a comment.