“Putin é o único chefe de Estado que propõe tributar ricos para ajudar a custear parte dos gastos com a política anti-Covid-19”.
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“A prioridade imediata é impedir a rápida disseminação desta doença” – disse o presidente Vladimir Putin (imagem de abertura, à esq.) em seu pronunciamento oficial sobre o vírus Corona, semana passada.
Este é o ponto sobre o qual, pelo menos por enquanto, não há discordância. Mas o quão restritivas para a economia devem ser as medidas anticontágio e a que custo, comparado ao custo do impacto do vírus na vida e na morte, é tema para debate considerável, na Rússia como em qualquer outro lugar. Esse é o ponto que Putin evitou. E não está só, entre os chefes de estado ou de governo no resto do mundo. Qual, então, a diferença entre Putin e todos os demais?
“Nossa tarefa mais crucial é garantir a estabilidade no mercado de trabalho e evitar o aumento do desemprego”, acrescentou Putin na fala de 25 de março, anunciando uma combinação de pequenas medidas de bem-estar social e compensação de emprego, com isenção de impostos e adiamento de empréstimos para empresas e apoio do Banco Central a “empréstimos estáveis para a economia real, inclusive por meio de garantias e subsídios do Estado”
