Wednesday, January 31, 2018

PT -- Washington atinge novos níveis de insanidade com o "Relatório do Kremlin" Paul Craig Roberts

Resultado de imagem para PICTURES OF Washington Reaches New Heights of Insanity with the “Kremlin Report”

30  de Janeiro de 2018
Washington atinge novos níveis de insanidade com o "Relatório do Kremlin"
Paul Craig Roberts

Num acto da louca escalada de provocações contra a Rússia, Washington elaborou uma lista de 210 altos funcionários do governo russo e de importantes executivos de empresas que são “criminosos”, “membros do bando de Putin”, “ameaças”, “pessoas que merecem ser punidas”, no entanto, a comunicação mediática ocidental  preocupa-se a explicar a lista. A lista absurda inclui o Primeiro Ministro da Rússia, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o Ministro da Defesa e os executivos da Gazprom, da Rosneft e do Banco Rossiya. Por outras palavras, a sugestão é que a totalidade da liderança política e empresarial russa é corrupta.
Os russos não parecem compreender o propósito da lista. O porta-voz  da Presidencia, Dmitry Peskov, disse que o governo vê a lista como uma tentativa de interferir na eleição presidencial russa. Não há dúvida de que Washington gostaria de reduzir o apoio público de Putin para que Washington possa usar as ONGs financiadas pelo Ocidente, que operam na Rússia, a apresentar os lacaios americanos como sendo as verdadeiras vozes da Rússia. No entanto, é improvável que o povo russo seja tão estúpido que caia nesse truque.
A lista de Washington tem três objectivos:
1) Desvalorizar a diplomacia russa, apresentando as principais altas patentes da Rússia como criminosos.
2) Apresentar a Rússia como sendo uma ameaça militar, conforme o anúncio ridículo do Ministro da Defesa britânico, Gavin Williamson, em 26 de Janeiro, de que a Rússia pretende despedaçar a infraestrutura britânica, causar muitos milhares de mortes “e criar” o caos total dentro de o país." 
3) Desviar a atenção americana e europeia da próxima publicação do relatório do House Intelligence Committee’s que prova que o Russiagate é uma conspiração entre o FBI, o Departamento de Justiça de Obama e a Comissão Nacional Democrata contra o Presidente Trump. A lista russa de Washington dará à comunicação mediática algo para falar em vez do acto da traição levada a cabo contra o Presidente dos Estados Unidos. Não esperem não ouvir nada da comunicação mediática, a não ser que o relatório do House Intelligence Committee é apenas um esforço político para salvaguardar Trump da responsabilidade.
Provavelmente, há um quarto motivo para a lista. Israel quer a pressão de Washington sobre a Rússia, porque até agora, a Rússia impediu Israel de usar os militares dos EUA para criar o mesmo caos na Síria e no Irão, como foi criado no Iraque e na Líbia. Israel quer a Síria e o Irão desestabilizados porque apoiam o Hezbollah, o que impede Israel de ocupar os recursos hídricos do sul do Líbano. A Lei de Contenção dos Adversários da América através de Sanções (Countering America’s Adversaries Through Sanctions Act), que pediu a lista, aprovada pela a Câmara e pelo Senado por um votação de 517-5. Normalmente, tais votos unânimes da política externa estão associados às exigências do lobby de Israel.
O governo e o povo russo precisam compreender que Washington considera a Rússia como uma ameaça porque a Rússia não está sob a pata de Washington. Os neoconservadores sionistas controlam a política externa dos EUA. A sua ideologia é a hegemonia mundial. Eles não usam a diplomacia. Contam com a desinformação, com ameaças e com a violência. Portanto, não existe uma diplomacia americana com a qual Putin e Lavrov possam colaborar.
Putin, o líder político responsável de uma grande potência, não responde à provocação com uma hostilidade. Ele ignora os insultos e continua a esperar que o Ocidente ganhe bom senso. Mas, o que acontecerá se o Ocidente não conseguir?
Para que o Ocidente comece a pensar racionalmente, esse processo vai requerer o desmantelamento completo dos neoconservadores sionistas e/ou a dissolução da NATO. A derrota dos neoconservadores exigiria uma voz de política externa rival, e essa voz é muito fraca, pois está desligada da comunicação mediática, dos grupos de reflexão e das universidades. A dissolução da NATO exigiria que as figuras políticas europeias renunciassem aos subsídios de Washington e ao avanço de carreira que Washington fornece.
Enquanto escrevo, o Conselho do Atlântico está a convocar os membros e a comunicação mediática para uma discussão com os membros do Conselho Atlântico, o Embaixador Daniel Fried e Anders Aslund. O Conselho do Atlântico é uma agência de propaganda neoconservadora. O objectivo da "discussão" é minar ainda mais, as relações dos EUA com a Rússia.
O governo russo enfrenta uma situação difícil. A política externa dos EUA e, portanto, do mundo ocidental, é controlada por neoconservadores que estão determinados a apresentar a Rússia à  luz mais ameaçadora. A diplomacia russa não pode fazer nada para mudar este quadro. Uma resposta russa não agressiva e responsável tem o efeito de incentivar  ainda mais, as provocações de Washington. Até certo ponto, a passividade russa pode convencer os neoconservadores de que podem atacar a Rússia de modo bem sucedido. Por outro lado, as provocações contínuas podem convencer a Rússia de que o país está a ser escolhido para ataque, propiciando assim uma acção preventiva russa.
No mundo, todos devem perceber a ameaça da guerra nuclear que é inerente à política de Washington em relação à Rússia e no mundo, todos devem compreender - a única ameaça que a Rússia representa, é contra o unilateralismo e parcialidade de Washington.
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos

No comments:

Post a Comment

Note: Only a member of this blog may post a comment.