Tuesday, October 17, 2017

Marta Soares. “Acredito que haja uma organização terrorista a incendiar o país”


LINHA ABERTA - COM HERNÂNI CARVALHO - EMISSÃO DE DIA 16 DE OUTUBRO

Com a presença de Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

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TATIANA COSTA16/10/2017 11:22

A Proteção Civil revelou que o dia de ontem foi o pior do ano quanto a incêndios, tendo sido ultrapassados os 300 fogos florestais. Marta Soares acredita que terrorismo está por detrás das chamas

O dia de ontem ficou marcado como o pior do ano relativamente aos incêndios. Morreram duas pessoas em Penacova, vítimas do fogo, e uma na Sertã.

Para Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, este domingo ultrapassou-se “o simples incendiário”, afirmando ao i que não tem dúvidas de que os incêndios têm origem criminosa. No entanto, vai mais longe e chega mesmo a colocar a hipótese da existência de uma organização terrorista por detrás destas tragédias, a controlar e a estudar pontos estratégicos para originar incêndios de grandes dimensões, com o objetivo de criar instabilidade política no nosso país. “Acredito que haja uma organização terrorista que esteja premeditadamente e organizadamente a incendiar o nosso país, é uma forma de criar instabilidade”, explica.

Marta Soares referiu ainda que estes incêndios são um perigo para a nossa economia, porque estão relacionados com o meio ambiente e com a perda de vidas humanas e, por isso, é necessário averiguar e aprofundar todas estas questões para entender se existe ou não terrorismo e interesses à mistura. “Com a experiência que tenho, não acredito que seja um simples incendiário ou quaisquer tipos de interesses, ultrapassa esse estilo de funcionamento”, sublinha.


O responsável relembrou ainda que os “responsáveis políticos deste país” devem fazer “uma reflexão rápida daquilo que deviam ter feito e não fizeram” e, apesar de confiar no valor e qualidade das nossas forças de segurança, é preciso disponibilizar mais meios para que a questão possa ser averiguada de forma rápida e eficaz, criando “estratégias para pelo menos diminuir os prejuízos desta situação”, conclui.


RAFAEL MARCHANTE

 17.10.2017 08h57

Os incêndios já destruíram este ano em Portugal mais de 316.100 hectares, segundo o sistema da Comissão Europeia, que aponta para quase 54.000 hectares queimados só no domingo, o pior dia do ano em número de fogos.
Os dados disponíveis ao início da manhã de hoje no EFFIS - Sistema do Centro de Investigação Comum da Comissão Europeia, que apresenta áreas ardidas cartografadas em imagens de satélite, indicavam que só na zona do Pinhal Litoral, que abrange o Pinhal de Leiria, arderam no domingo e na segunda-feira 11.394 hectares.

Depois desta, a maior área destruída pelas chamas que deflagraram no domingo foi na região do Pinhal Interior Norte, que abrange os concelhos de Penacova e Arganil, entre outros, onde arderam mais de 16.000 hectares, segundo o EFFIS.

Se aos incêndios de domingo se juntarem os que deflagraram no sábado e na segunda-feira, o EFFIS apresenta um total superior a 64.000 hectares ardidos.

O país da União Europeia que mais se aproxima de Portugal em área ardida é a Itália, que apresenta um total de 133.526 hectares ardidos, menos de metade do território português.

O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com dados até final de setembro, indicava que os incêndios florestais tinham queimado este ano mais de 215 mil hectares, o valor mais elevado dos últimos 10 anos.

Só os grandes incêndios (mais de 100 hectares) foram responsáveis por quase 90% do total de área ardida, segundo o ICNF.

Segundo os dados do ICNF, os piores anos de sempre em área ardida registaram-se em 2003 (425.839 hectares) e 2005 (339.089).

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