Tuesday, April 30, 2019

FR -- Manlio Dinucci -- L' Art de la Guerre -- OPÉRATION CONQUÊTE DES ESPRITS

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L' Art de la Guerre 
Opération conquête des esprits
Manlio Dinucci

  Environ 5.000 enfants et adolescents de 212 classes ont participé, hier à Pise, à la “Journée de la Solidarité” en souvenir du major Nicola Ciardelli du Régiment de parachutistes (Foudre), tué le 27 avril 2006 dans un “terrible attentat” à Nassirya, pendant la "mission de paix” Antica Babilonia. La Journée, organisée chaque année par l’Association Nicola Ciardelli Onlus créée par sa famille, est devenue, grâce ou soutien déterminant de la Municipalité (d’abord dirigée par le PD, aujourd’hui par la Lega) le laboratoire d’une grande opération  -à laquelle collabore un large arc d’organismes et associations- pour “sensibiliser les jeunes étudiants à l’importance de l’engagement de chacun envers la construction d’un avenir de Paix et de Solidarité”.

  L’exemple à suivre est “l’engagement consenti par Nicola en faveur des populations déchirées par les conflits, rencontrées à l’occasion des nombreuses missions auxquelles il avait participé”, pendant lesquelles il avait “touché du doigt la dévastation des guerres et les souffrances de ceux qui sont obligés de les subir, dont les premiers 
sont les enfants”.


Ø  Mais personne n’a raconté aux 5.000 enfants et adolescents la véritable histoire de la guerre dévastatrice déclenchée en 2003 par les États-Unis contre l’Irak, pays déjà soumis à un embargo qui avait provoqué en dix années un million et demi de morts, dont environ un demi-million d’enfants.

Ø   Personne ne leur a expliqué que, pour justifier la guerre en accusant l’Irak de posséder des armes de destruction de masse, furent fabriquées des “preuves”, qui se sont ensuite révélées fausses.

Ø    Personne ne leur a dit que, pour éradiquer la résistance, l’Irak fut mis à feu et à sang, par tous les moyens : des bombes au phosphore contre la population de Fallujah aux tortures dans la prison d’Abu Ghraib.

  À cette guerre -définie aujourd’hui par le ministère italien de la Défense comme “Opération Iraqui Freedom conduite par les USA pour le renversement du régime de Saddam Hussein, dans le cadre de la lutte internationale contre le terrorisme”- a participé le contingent italien Antica Babilonia. Le conseiller politique de ses commandants, entre 2005 et 2006, était l’actuelle ministre de la Défense Elisabetta Trenta (Cinq Étoiles). En faisait partie le 185ème Régiment de parachutistes Folgore de reconnaissance acquisition objectifs, département de forces spéciales dans lesquels était officier Nicola Ciardelli. 

  Le Régiment -documente le ministère de la Défense- “opère en infiltrant des détachements opérationnels au-delà des lignes ennemies, dans des actions directes qui prévoient l’engagement d’objectifs à distance en exploitant l’armement en dotation et toutes les plate-formes de feu terrestres, aériennes et navales”. En d’autres termes, une fois repérée la “cible” humaine, elle est éliminée directement par des tireurs choisis ou, indirectement, avec un pointeur laser qui guide la bombe lancée par un avion de chasse.

  Ceci n’a pas été raconté aux 5.000 enfants et adolescents qui, au moment culminant de la Journée, ont applaudi les paras de la Folgore qui descendaient du ciel sur le Ponte di mezzo (pont sur l’Arno dans le centre historique de Pise, NdT) apparaissant à leurs yeux comme des héros de BD qui défendent les bons contre les méchants.

  Le cas de Pise n’est pas isolé. Les militaires USA de la base de Sigonella (Sicile) -rapporte Antonio Mazzeo- sont de plus en plus présents dans les écoles siciliennes où ils donnent des cours d’anglais, de gymnastique et autres. À Sigonella, où un curé de paroisse a emmené les enfants en “visite d’instruction”, et dans les bases des Pouilles ont lieu pour les lycéens des stages d’”alternance école-travail”.
Des cas analogues sont enregistrés dans d’autres régions. 

Ce qui est en cours est une véritable opération de conquête militaire des esprits des jeunes générations (et pas seulement celles-là). Y a-t-il des enseignants, étudiants et parents disponibles pour la contrecarrer, en s’organisant pour faire avancer, contre celle de la guerre, la culture de la paix ?

Édition de mardi 30 avril 2019 de il manifesto
Traduit de l’italien par Marie-Ange Patrizio

DÉCLARATION DE FLORENCE
pour un front international pour la sortie de l’OTAN/NATO

Monday, April 29, 2019

PT -- Manlio Dinucci – A Arte da Guerra – OPERAÇÃO ALICIAÇÃO DAS MENTES

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A Arte da Guerra 
Operação Aliciação das Mentes 
Manlio Dinucci

Cerca de 5.000 crianças e 212 adolescentes participaram, ontem em Pisa, no “Dia da Solidariedade” em memória do Major Nicola Ciardelli, da Brigada Folgore, que foi morto em 27 de Abril de 2006, num “terrível atentado” em Nassirya, durante a “missão de paz” Antiga Babilónia.

O Dia, promovido todos os anos pela Associação Nicola Ciardelli Onlus criada pela família, tornou-se, graças ao apoio decisivo do Município (primeiro liderado pelo PD, hoje pela Liga) o laboratório de uma grande operação – na qual colabora um vasto conjunto de autoridades e associações – “sensibilizar os jovens estudantes para a importância do compromisso de cada um em construir um futuro de Paz e Solidariedade”. O exemplo a seguir é “o compromisso generoso de Nicola a favor das populações dilaceradas pelo conflito, encontradas na ocasião das numerosas missões em que participou”, durante as quais “experimentou, em primeira mão, a devastação das guerras e o sofrimento daqueles que eles são forçados a suportá-las, sobretudo, as crianças”.

Ø  No entanto, ninguém  contou às 5.000 crianças e adolescentes a verdadeira história da guerra devastadora, desencadeada em 2003, pelos Estados Unidos contra o Iraque, um país já sujeito a um embargo que causou um milhão e meio de mortes em dez anos, das quais cerca de meio milhão eram crianças.

Ø  Ninguém lhes explicou que, para justificar a guerra, acusando o Iraque de possuir armas de destruição em massa, foram fabricadas “provas”, que, mais tarde, se demonstraram ser falsas.

Ø  Ninguém lhes disse que, para esmagar a resistência, o Iraque foi sujeito a ferro e fogo, usando todos os meios: desde bombas de fósforo contra o povo de Falluja, até à tortura na prisão de Abu Ghraib.

Nesta guerra - definida hoje pelo Ministério da Defesa italiano -  “Operação Iraqi Freedom, conduzida pelos USA, para derrubar o regime de Saddam Hussein, no âmbito da luta internacional contra o terrorismo” - participou o contingente italiano Antica Babilonia. A Conselheira política dos seus comandantes, entre 2005 e 2006, era a actual Ministra da Defesa, Elisabetta Trenta (Cinco Estrelas). Fazia parte dessa mesma Operação, o185°Reggimento paracadutisti Folgore ricognizione acquisizione obiettivi, Departamento de Forças Especiais em que era oficial, Nicola Ciardelli.

O Regimento - documenta o Ministério da Defesa – “opera, infiltrando destacamentos operacionais para além das linhas inimigas, em acções directas que envolvem o recrutamento de alvos à distância, utilizando o armamento fornecido e todas as plataformas de fogo terrestres, aéreas e navais”. Por outras palavras, uma vez identificado o “alvo humano”, ele é eliminado directamente por atiradores seleccionados ou, indirectamente, por um ponteiro a laser que guia a bomba lançada por um caça. Isto não foi dito às 5.000 crianças e adolescentes que, no auge do Dia, aplaudiram os Paraquedistas do Folgore que desciam do céu na Ponte di Mezzo, parecendo aos seus olhos, heróis de banda desenhada que defendem os bons dos maus.

O sucedido em Pisa não é um caso isolado. Os militares americanos da base de Sigonella - relata Antonio Mazzeo - estão cada vez mais presentes nas escolas sicilianas, onde ensinam inglês, ginástica e algo mais. Em Sigonella, onde um padre levou as crianças para uma “visita de estudo, e nas bases em Puglia, são realizados para os alunos do ensino médio “estágios escola e trabalho”. Casos semelhantes são registados noutras regiões.

Está em curso uma verdadeira operação de aliciação militar das mentes das gerações mais jovens (e não apenas destas). Será que há professores, estudantes e pais dispostos a opor-se a ela, organizando-se afim de, contra a cultura da guerra, promover a cultura da paz?

il manifesto, 30 de Abril de 2019

DECLARAÇÃO DE FLORENÇA

CRIANDO UMA FRENTE INTERNACIONAL DESTINADA À SAÍDA DA NATO

IT -- Manlio Dinucci -- L’arte della guerra -- OPERAZIONE CONQUISTA DELLE MENTI


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L’arte della guerra
Operazione conquista delle menti
Manlio Dinucci


Circa 5.000 bambini e ragazzi di 212 classi hanno partecipato, ieri a Pisa, alla «Giornata della Solidarietà» in ricordo del maggiore Nicola Ciardelli della Brigata Folgore, rimasto ucciso il 27 aprile 2006 in un «terribile attentato» a Nassirya, durante la «missione di pace» Antica Babilonia.

La Giornata, promossa ogni anno dalla Associazione Nicola Ciardelli Onlus creata dalla famiglia, è divenuta, grazie al determinante sostegno del Comune (prima guidato dal PD, oggi dalla Lega) il laboratorio di una grande operazione – cui collabora un vasto arco di enti e associazioni  – per «sensibilizzare i giovani studenti sull’importanza dell’impegno di ognuno verso la costruzione di un futuro di Pace e Solidarietà». L’esempio da seguire è «l’impegno profuso da Nicola a favore delle popolazioni dilaniate dai conflitti, incontrate in occasione delle numerose missioni cui aveva partecipato», durante le quali aveva «toccato con mano la devastazione delle guerre e le sofferenze di coloro che sono costretti a subirle, primi tra tutti i bambini».

Ø  Nessuno però ha raccontato ai 5.000 bambini e ragazzi  la vera storia della devastante guerra scatenata nel 2003 dagli Stati uniti contro l’Iraq, paese già sottoposto a un embargo che aveva provocato in dieci anni un milione e mezzo di morti, di cui circa mezzo milione tra i bambini.

Ø  Nessuno gli ha spiegato che, per giustificare la guerra accusando l’Iraq di possedere armi di distruzione di massa, vennero fabbricate «prove», risultate poi false.

Ø  Nessuno gli ha detto che, per stroncare la resistenza, l’Iraq venne messo a ferro e fuoco, usando ogni mezzo: dalle bombe al fosforo contro la popolazione di Falluja alle torture nella prigione di Abu Ghraib.

A questa guerra – definita oggi dal ministero italiano della Difesa «Operazione Iraqi Freedom guidata dagli USA per il rovesciamento del regime di Saddam Hussein, nel quadro della lotta internazionale al terrorismo» – partecipò il contingente italiano Antica Babilonia. Consigliere politico dei suoi comandanti, tra il 2005 e il 2006, era l’attuale ministra dela Difesa Elisabetta Trenta (Cinque Stelle). Ne faceva parte il 185° Reggimento paracadutisti Folgore ricognizione acquisizione obiettivi, reparto di forze speciali in cui era ufficiale Nicola Ciardelli.

Il Reggimento – documenta il ministero della Difesa  «opera infiltrando distaccamenti operativi oltre le linee nemiche, in azioni dirette che prevedono l’ingaggio di obiettivi a distanza sfruttando l’armamento in dotazione e tutte le piattaforme di fuoco terrestri, aeree e navali». In altre parole, una volta individuato il «bersaglio» umano, esso viene eliminato direttamente da tiratori scelti o, indirettamente, con un puntatore laser che guida la bomba lanciata da un caccia. Questo non è stato raccontato ai 5.000 bambini e ragazzi che, al culmine della Giornata, hanno applaudito i parà della Folgore che scendevano dal cielo sul Ponte di mezzo, apparendo ai loro occhi come eroi dei fumetti che difendono i buoni dai cattivi.

Quello di Pisa non è un caso isolato. I militari USA della base di Sigonella – riporta Antonio Mazzeo  – sono sempre più presenti nelle scuole siciliane dove tengono corsi di inglese, di ginnastica e altri. A Sigonella, dove un parroco ha portato i bambini in «visita di istruzione», e nelle basi in Puglia si svolgono per gli studenti delle superiori stage di «alternanza scuola-lavoro». Casi analoghi si registrano in altre regioni.

È in corso una vera e propria operazione di conquista militare delle menti delle giovani generazioni (e non solo di queste). Ci sono insegnanti, studenti e genitori disponibii a contrastarla, organizzandosi per far avanzare, contro quella della guerra, la cultura della pace?



il manifesto, 30 Aprile 2019


«DICHIARAZIONE DI FIRENZE»
Per la creazione di un fronte internazionale NATO EXIT in tutti i paesi europei della NATO

Saturday, April 27, 2019

THIERRY MEYSSAN -- L’enjeu caché de la restauration de Notre-Dame


L’enjeu caché de la restauration de Notre-Dame

L’Élysée a utilisé l’incendie de Notre-Dame de Paris pour mener à bien un projet qui dormait dans les cartons. Il a fixé des règles inédites, hors des procédures d’appel d’offres et de respect du patrimoine non pas pour restaurer la cathédrale, mais pour transformer l’île de la Cité en premier lieu touristique d’Europe à la veille des Jeux olympiques de 2024 et de l’Exposition universelle de 2025. Pour éviter les contraintes judiciaires, il a arbitrairement imposé l’hypothèse d’un sinistre de chantier.

 | DAMAS (SYRIE)  

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L’incendie de la cathédrale Notre-Dame

Lorsque l’incendie de Notre-Dame a débuté, le 15 avril 2019 au soir, tous les médias français et beaucoup d’étrangers, se sont tournés vers la cathédrale en feu. De nombreuses télévisions étrangères ont débuté leur journal par cette nouvelle, mais pas France2.
La chaîne publique avait prévu de le consacrer au discours annoncé du président Macron concluant le « Grand débat national ». La rédaction, complétement sonnée par l’émoi provoqué par ce drame imprévu, y consacra son journal, non sans avoir au préalable regretté que le président reporte son discours sine die ; un discours à ses yeux beaucoup plus important.
La froideur de la plupart des journalistes et la stupidité des commentaires à chaud des politiques ont soudainement montré le gouffre béant qui sépare leur univers mental de celui des Français. Pour la classe dirigeante, la beauté de Notre-Dame ne saurait faire oublier que c’est un monument de la superstition chrétienne. Au contraire, pour le public, c’est le lieu où les Français se réunissent en tant que peuple pour se recueillir ou rendre grâce à Dieu.

Friday, April 26, 2019

PT -- “PARA SAIR DA GUERRA É NECESSÁRIO SAIR DA NATO"

«Чтобы выйти из войн, надо выйти из НАТО»
Teve início na Europa, o processo de criação de um movimento específico contra a guerra e, ao mesmo tempo, de orientação anti NATO e pode ser posto em prática.

*Vladimir Kozin   
23 de Abril de 2019   10:29 

A Conferência Internacional dos membros de organizações sem fins lucrativos (não-governamentais), realizada em Abril deste ano, em Florença, Itália, poderia permanecer fora do horizonte das personalidades políticas e governamentais, bem como dos representantes da comunicação mediática, se não fosse uma série de circunstâncias muito significativas ligadas a ela.
A primeira e mais importante característica distintiva deste fórum, manifestou-se através do lema não habitual “NÃO à guerra, NÃO à NATO”, sob o qual foi realizada. Os participantes levantaram a questão de prevenir qualquer confronto militar no continente europeu e no mundo como um todo, tanto através do uso de armas nucleares como convencionais.
Foi lançado no fórum o seguinte apelo: criar um movimento de forças sociais e políticas na Europa que, à semelhança do grande movimento civil anti nuclear da década de 80, contribua para a eliminação da ameaça dos mísseis nucleares, pois que, nos últimos anos, o seu nível se tornou nitidamente elevado também nesta parte do globo terrestre.
Em particular, no continente europeu, juntamente com as armas nucleares dos EUA instaladas ali desde os anos 50, o Pentágono começou a enviar para o seu espaço aéreo, nos anos mais recentes, aviões estratégicos pesados capazes de transportar tanto mísseis de cruzeiro como bombas com ogivas nucleares.
A segunda particularidade do evento foi ter um caráter muito representativo: mais de 500 pessoas participaram nele, o que levou os organizadores a alugar o Odeon, um dos cinemas centrais da cidade, durante oito horas. Obviamente, o interesse foi elevado.
Participaram na conferência pessoas de quase todos os países europeus, incluindo cidadãos dos países membros da Aliança do Atlântico Norte. A fim de informar os participantes da reunião sobre a situação relativa à complicação adicional do processo de controlo de armas, em particular de armas nucleares, foram convidados na qualidade de oradores principais do evento, especialistas que lidam com essas questões. Entre os oradores também houve especialistas que estudam as consequências negativas da atribuição de despesas militares claramente excessivas aos países líderes da NATO, as quais impedem a elaboração de programas de desenvolvimento social e económico dos seus Estados membros e da comunidade europeia, no seu conjunto.
Por ocasião do 70º aniversário da criação da NATO, os organizadores da conferência prepararam e mostraram um documentário “Os 70 anos da NATO: de guerra em guerra”, que critica a política militar e os preparativos militares da aliança de “solidariedade transatlântica”, as suas enormes despesas militares e as tentativas de interferências políticas e de outro género, nos assuntos dos Estados soberanos, a fim de derrubar os órgãos legítimos do poder e da administração.
O filme mostra as intervenções dos Estados Unidos e de outros Estados, membros desse bloco militar, nos assuntos da Sérvia, da Síria e de outros países, e são apresentadas provas da interferência de Washington nos assuntos internos da Ucrânia através da organização de um golpe de Estado, em 2014. É criticada a instalação, na Europa, de armas nucleares e sistemas antimíssil dos EUA. É levantada a questão do encerramento de todas as bases militares dos EUA não só em Itália, mas também noutros países europeus. No filme, foi pronunciado o slogan: “Para sair das guerras, é necessário sair da NATO”.
No evento, o representante russo apresentou uma nova monografia intitulada ***"A evolução das armas nucleares estratégicas e táticas dos EUA e as características do seu uso no século XXI" (Moscovo, 2019, p. 1086). Também analisou a situação alarmante no campo do controlo de armas devido aos Estados Unidos, que mostraram e continuam a manter atitudes negativas em relação aos 12 tratados internacionais em vigor neste sector. Este caso é evidenciado pelo facto dos EUA terem repudiado unilateralmente alguns deles (em particular o Tratado ABM), ou recusado ratificar outros (por exemplo, o Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares), ou violado as suas disposições (por exemplo, o Tratado INF sobre a eliminação de mísseis de médio e curto alcance), ou até mesmo se recusarem a discutir alguns deles em espaços de negociação internacional (por exemplo, o projecto do Tratado sobre Segurança Europeia).
Foi dada atenção especial da parte russa às repetidas violações do Tratado INF por parte de Washington quando, para verificar a eficácia do sistema de defesa antimíssil, foram utilizados mísseis alvo que são proibidos por este tratado.
A partir dos documentos oficiais do Congresso e do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, segue-se que, nas últimas duas décadas, tomando em consideração o uso dos mísseis alvo supracitados durante os ensaios, o Pentágono violou este tratado 117 vezes. A comunicação deste dado a um público tão vasto na Conferência de Florença não ficou nem ficará sem impacto e atenção, sobretudo, tendo em consideração o facto de que a Rússia nunca violou este Tratado INF e não foi a primeira a anunciar o seu repúdio.
Na "Declaração de Florença", um documento conclusivo e aprovado, foi salientado que a NATO é uma organização sob o comando do Pentágono e que seu objectivo é garantir o controlo da Europa Ocidental e Oriental, que as bases militares dos EUA nos Estados membros dessa união militar, servem para ocupar esses países. A manutenção de uma presença militar permanente dos EUA permite que Washington influencie e controle as políticas dos países europeus e de outros países.
O documento final, que mais tarde foi traduzido em **15 idiomas, indica que a Aliança é uma máquina militar que trabalha para os interesses dos Estados Unidos com a cumplicidade dos principais grupos de poder europeus e é culpada de crimes contra a Humanidade. Neste contexto, foi mencionada a guerra agressiva desencadeada pela NATO, em 1999, contra a Jugoslávia, bem como as intervenções militares do bloco, realizadas em total violação do Direito Internacional, contra o Afeganistão, a Líbia, a Síria e mais alguns Estados.
Na declaração constata-se que, violando o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, os Estados Unidos estão a instalar armas nucleares em cinco países não-nucleares da NATO, sob o falso pretexto da existência de uma “ameaça russa”, o que coloca em risco a segurança no continente europeu.
Naturalmente, da declaração adoptada em Florença sobre a necessidade de dissolver uma aliança militar como a NATO e fortalecer o regime de controlo de armamentos, até serem alcançados resultados específicos nessas áreas, muitos esforços organizacionais, políticos, informativos e outros serão exigidos dos defensores da política de não-bloco e de saída da aliança. Afigura-se que o processo de criação de um movimento específico contra a guerra e, ao mesmo tempo, com orientação anti NATO começou e pode ser activado.
* O autor é um dos principais especialistas do Centro de Estudos Político-Militares do MGIMO do Ministério das Relações Exteriores da Rússia
** De momento, disponível em 17 línguas.
*** A evolução das armas nucleares estratégicas e tácticas dos EUA e as características do seu uso no século XXI
Monografia/V. Kozin. -  Editora Sabashnikovs. 2019. - 1086 p., Com ilustrações
(ISBN 975 5-82420-163-5).
A monografia  explora de maneira abrangente a perspectiva da evolução das armas nucleares estratégicas e táticas dos EUA no séc. XXI em estreita conexão com as suas estratégias nucleares modernas e outras estratégias (segurança nacional, defesa nacional e antimísseis) adoptadas durante o período do Presidente Donald Trump. Uma ênfase considerável é colocada na identificação de características da modernização das armas ofensivas estratégicas americanas e das armas nucleares tácticas, incluindo a tríade nuclear estratégica qualitativamente nova, que existirá em quase todo o século. Nesse sentido, o ensaio histórico relacionado a questões seleccionadas é mínimo. Os problemas que as futuras negociações para reduzir as armas ofensivas estratégicas e as armas nucleares táticas podem enfrentar no contexto do fortalecimento do sistema de defesa antimíssil global e as forças de propósitos gerais dos EUA estão sendo consideradas. As características da violação pelo lado americano do Tratado START-3 e da eliminação do Tratado do INF. São analisadas diversas propostas sobre a limitação de armas ofensivas estratégicas e armas nucleares tácticas apresentadas por especialistas estrangeiros. É investigada a posição de Washington sobre a possibilidade de construir um mundo livre de armas nucleares em escala global.
A monografia destina-se a profissionais envolvidos no desenvolvimento de armas nucleares ofensivas e tácticas estratégicas dos EUA, no contexto da segurança global e da estabilidade estratégica, bem como àqueles que estudam as questões de controlo de armas e as relações russo-americanas em geral.
A opinião do autor pode não coincidir com a posição dos editores.

JOSÉ GOULÃO -- Os sociopatas e os seus seguidores




Para os países alinhados com Washington já não se trata apenas de violar grosseiramente a democracia. Os governos que seguem de braço dado com a administração Trump enveredaram pela carreira do crime.

John Bolton, Mike Pompeo e Mike Pence, antes do início de uma conferência de imprensa na Casa Branca, 7 de Junho de 2018.
John Bolton, Mike Pompeo e Mike Pence, antes do início de uma conferência de imprensa na Casa Branca, 7 de Junho de 2018. 
Créditos
Andrew Harnik/AP / MPN News

Houve ocasiões – raras – em que os principais governos da União Europeia se distanciaram do comportamento boçal, truculento e neofascista da administração norte-americana gerida por Donald Trump. É certo que as razões nem eram louváveis, uma espécie de escrever direito por linhas tortas porque contrapor à política de fortaleza comercial de Washington o neoliberalíssimo «comércio livre» global, que serve meia dúzia de grandes conglomerados económico-financeiros, não é propriamente um comportamento honroso.
Ainda assim, essa situação foi suficiente para os que fazem política e comunicação navegando à vista nas vagas do oportunismo situacionista tentarem fazer crer que entre Washington e alguns dos principais aliados existiam saudáveis divergências, recomendáveis pelo facto de «parecer mal» estarem associados aos desmandos trumpistas.
Porém, o que tem de ser tem muita força, a realidade impôs os factos, as máscaras caíram, o globalismo ditou as suas leis, embora já periclitantes, e deixou de haver lugar para disfarces.
A harmonia entre Washington e os aliados restabeleceu-se quando foi preciso por mãos à obra e cuidar do que interessa a quem manda: o domínio sobre as matérias-primas e a vantagem militar planetária para, em última instância, assegurá-lo.
Bastou o aparecimento de provas de que a superioridade militar da NATO e respectivas ramificações pode estar em causa; eis que entra na ordem da actualidade uma disputa mais cerrada pelas riquezas naturais do mundo – e logo a boçalidade e o desprezo militante de Trump por qualquer coisa que tenha a ver com democracia e direitos humanos deixaram de ser problema.

A harmonia chegou com os psicopatas

Esbateram-se os limites, desapareceu a vergonha. Se o caminho mais eficaz para garantir a sobrevivência do «nosso civilizado modo de vida» é o recurso à autocracia, então que seja, desde que o discurso oficial assegure as melhores intenções democráticas e humanistas.
«A harmonia entre Washington e os aliados restabeleceu-se quando foi preciso por mãos à obra e cuidar do que interessa a quem manda: o domínio sobre as matérias-primas e a vantagem militar planetária para, em última instância, assegurá-lo»
Mesmo que a harmonia entre a NATO e a gestão do Pentágono, a comunhão de ideais entre quem manda na União Europeia e a administração de Washington se tenham restabelecido no momento em que, depois de muitos tumultos e convulsões, a equipa que traça a doutrina Trump seja agora um sólido núcleo de psicopatas.
John Bolton, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente; Michael Pompeo, o secretário de Estado, por inerência o tutelar dos Negócios Estrangeiros; Michael Pence, o vice-presidente, formam um triunvirato de fascistas com provas dadas em carreiras onde o recurso ao terrorismo político, declarado ou clandestino, nunca foi um problema.
Se lhes associarmos as figuras de um comprovado assassino e fora-da-lei como Elliott Abrams, agora escolhido como enviado especial para gerir o golpe na Venezuela; e de um expoente da «supremacia branca» como Steve Bannon, que corre mundo unindo as hordas fascistas, xenófobas, populistas e nacionalistas para manter a pressão, de modo a que o neofascismo seja a solução e nunca um problema, teremos um quinteto de psicopatas à altura de Trump, de tal modo que torna o próprio presidente descartável.
Pois foi precisamente na hora da estabilização do fascismo e da sociopatia como doutrina norte-americana que a NATO e a União Europeia – com o governo de Portugal fazendo questão de destacar-se – decidiram prestar-lhe vassalagem. Certamente não foi para que o governo português encarreirasse na esteira do terrorismo político e da guerra nuclear que os portugueses votaram.
Para os devidos efeitos e para memória futura registemos o desprezo assumido pela equipa de António Costa em relação à democracia, aos direitos humanos, à paz e ao direito internacional. Não existe outra interpretação possível do apoio ao golpe contra a Venezuela; não há hipótese de concluir outra coisa do alinhamento pleno com a NATO nos caminhos da guerra nuclear que estão a ser abertos por Washington.

É terrorismo, não é democracia

Aquilo que está a acontecer na Venezuela, e que tem proactivamente a mão do governo de Portugal, é terrorismo, é tentação fascista, é jogar com a vida de milhões de pessoas.
Não se trata apenas da entronização como «presidente interino» de um arruaceiro que os Estados Unidos treinam e pagam há 15 anos para servir como instrumento numa operação de golpe de Estado. Juan Guaidó é um entre vários que se formaram numa escola de terrorismo na Sérvia financiada pelos Estados Unidos, conhecida como Otpor/CANVAS1, para organizar «revoluções coloridas» e mudanças de regime em geral, de que são exemplos casos como o da Ucrânia, Geórgia, Egipto, Líbia, Síria, Honduras, Paraguai, Brasil.
E não se trata igualmente do recurso ao pretexto das supostas «irregularidade» e «ilegitimidade» das eleições presidenciais de Maio do ano passado, que decorreram segundo normas democráticas comprovadas por entidades independentes e de reconhecida idoneidade que acompanharam todo o processo. Ao contrário do que fizeram, por exemplo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a alta comissária europeia, Federica Mogherini, que recusaram os convites para serem ou enviarem observadores, partindo do princípio de que as eleições seriam fraudulentas muito antes de se realizarem.
«não foi para que o governo português encarreirasse na esteira do terrorismo político e da guerra nuclear que os portugueses votaram. Para os devidos efeitos e para memória futura registemos o desprezo assumido pela equipa de António Costa em relação à democracia, aos direitos humanos, à paz e ao direito internacional»
O que está verdadeiramente em causa como consequência do comportamento das personalidades, entidades e organizações que apoiam a estratégia de mudança de regime montada pela equipa de psicopatas de Trump é a tragédia que paira sobre todo o povo venezuelano – comunidade portuguesa obviamente incluída.
Uma tragédia anunciada, uma vez que os promotores da operação tiveram o cuidado de não deixar margem de recuo. A parada é alta e todo o processo foi montado de modo a que não haja outra saída que não seja a destruição da Revolução Bolivariana, sufragada em mais de uma vintena de consultas populares legítimas realizadas durante os últimos 20 anos.

Solução: banho de sangue

Ora a capitulação do governo de Nicolás Maduro – que não tem de se demitir ou de convocar eleições porque a Constituição, a única lei pela qual responde, não o obriga – só pode ser alcançada por estas vias: golpe militar interno, agressão estrangeira directamente pelos Estados Unidos ou por procuração (Brasil, Colômbia e Argentina estão prontos), ou colapso absoluto do Estado devido às sanções, extorsão e roubo de que os bens do povo venezuelano são vítimas – a começar pelas 31 toneladas de ouro de que entidades bancárias estrangeiras se apropriaram abusivamente, também com responsabilidade do Banco Central Europeu, para que conste.
«O que, através do golpe, os Estados Unidos, a União Europeia e aliados puseram em andamento foi a compra que um valiosíssimo lote de riquezas naturais e estratégicas pago com sangue humano, na quantidade que for precisa»
Sejam quais forem os caminhos seguidos pelos responsáveis do golpe, o resultado será um banho de sangue com extensão imprevisível. Esse é o preço que Estados Unidos e aliados estão dispostos a pagar para deitarem as mãos aos 300 mil milhões de barris de petróleo venezuelano – as maiores reservas mundiais conhecidas – às poderosas reservas de ouro, nióbio, tântalo e outros elementos e metais preciosos.
Não há pretextos e máscaras que sirvam para a ocasião. O que, através do golpe, os Estados Unidos, a União Europeia e aliados puseram em andamento foi a compra que um valiosíssimo lote de riquezas naturais e estratégicas pago com sangue humano, na quantidade que for precisa. Afinal, tal como no Iraque, na Líbia, na Síria ou Afeganistão.

O caminho para a guerra nuclear

A fuga para a frente com o objectivo de garantir a sobrevivência do neoliberalismo, conduzida pelo gang de tiranos sociopatas de Washington, não hesita, como se vê, perante a repugnante e desumana traficância em curso na Venezuela.
Fuga essa que começa a adquirir velocidade própria numa outra direcção até aqui vedada pelos mais compreensíveis instintos de sobrevivência colectiva: a da guerra nuclear.
Não há outra leitura para a decisão norte-americana de abandonar o Tratado de Armas de Médio Alcance (INF2), assinado há 30 anos pelos Estados Unidos e a União Soviética.
Não há outra leitura do apoio a essa posição manifestado pela NATO e pelo sempre «bom aluno», o governo de Portugal.
Os pretextos invocados para o abandono do Tratado são falsos ou, no mínimo, desconhecidos. Nem os Estados Unidos nem a NATO apresentaram, até ao momento, qualquer prova de que a Rússia estaria a violar esse acordo. Em paralelo, também não se regista qualquer interesse, tanto dos dirigentes norte-americanos como da NATO – e da comunicação social com eles sintonizada – em aceitarem os convites de Moscovo para visitarem os locais onde supostamente estariam a ser construídas as armas que violam o Tratado.
É objectivo dos Estados Unidos instalar os novos mísseis em países europeus como a Itália, a Alemanha e a Holanda, onde também está prevista a disponibilização de bombas nucleares de nova geração3.
«John Bolton, Michael Pompeo e Michael Pence formam um triunvirato de fascistas com provas dadas em carreiras onde o recurso ao terrorismo político, declarado ou clandestino, nunca foi um problema. [Com] um comprovado assassino e fora-da-lei como Elliott Abrams e um expoente da «supremacia branca» como Steve Bannon teremos um quinteto de psicopatas à altura de Trump, de tal modo que torna o próprio presidente descartável»
Trata-se de engenhos ditos de potência reduzida, isto é, com uma capacidade de destruição calculada em metade ou mesmo menos dos largados sobre Hiroxima e Nagasaki. Este facto tem ajudado a consolidar a tese perigosíssima segundo a qual as novas bombas poderão ser utilizadas em conflitos limitados e sem provocarem respostas equivalentes, o que as torna uma vantagem decisiva.
Torna-se evidente que o recurso a essas bombas implica a existência de mísseis vocacionados para transportá-las – e daí a quebra do Tratado INF.
Deduz-se, pois, que pelas cabeças doentes e sanguinárias de figuras como Bolton – que pretende enviar Maduro para Guantánamo – Pence e Pompeo passa, de facto, a ideia de vir a utilizar essa nova combinação de mísseis de médio alcance com armas nucleares de «potência reduzida» e tendo a Europa como um dos cenários de operações. Pelo que os países europeus sintonizados com os tiranos sociopatas de Washington não desprezam apenas a vida dos venezuelanos, mas também a dos seus próprios povos4.
Já não se trata apenas de violar grosseiramente a democracia. Os governos que seguem de braço dado com a administração Trump enveredaram pela carreira do crime.
  • 1.
    Estas e outras revelações podem ser lidas no esclarecedor artigo «Para saber tudo sobre o golpista Juan Gaidó», publicado numa tradução exclusiva para Portugal pelo jornal digital O Lado Oculto, que se apresenta como um «antídoto para a propaganda global» e é dirigido pelo nosso colaborador José Goulão.
  • 2.
    A sigla INF provém do nome do tratado em inglês, habitualmente designado, nessa língua, por INF Treaty (de Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty). Esta entrada da Wikipédia refere 20 de Outubro de 2018 como o ponto de partida para a derrogação do tratado INF, quando Donald Trump acusou a Rússia de «violá-lo há muitos anos». Na verdade, desde o início de Fevereiro de 2018 que os EUA tinham revisto a sua postura estratégica sobre a utilização de armas nucleares (Nuclear Posture Review). Nesse documento os EUA não descartam um ataque nuclear inicial por sua iniciativa e designam a Rússia e a China como inimigo principal. Na altura, o nosso colaborador André Levy alertou para os riscos desta agressiva evolução, que recolocou o perigo de holocausto nuclear na ordem do dia («A dois minutos da meia-noite», 16 de Fevereiro de 2018). Recentemente, também o nosso colaborador António Abreu se pronunciou sobre o tema («A guerra nuclear limitada, de novo», 4 de Fevereiro de 2019).
  • 3.
    Um relatório do grupo de analistas militares Southfront, «INF Is Dead. Europe Is One Step Closer To Nuclear War», coloca como verdadeira razão para o abandono do INF não uma eventual ameaça russa ou chinesa mas a necessidade de a administração estado-unidense voltar a financiar massivamente o complexo militar-industrial americano, afim de este produzir avançados sistemas de mísseis e anti-mísseis que poderão vir a ser vendidos a alto preço no cenário europeu afectado pela «febre da ameaça russa». Pode ler e ouvir o relatório aqui.
  • 4.
    A prestigiada ONG International Campaign to Abolish Nuclear Weapons (ICAN), que recebeu em 2017 o Prémio Nobel da Paz, considerou que a retirada dos EUA do tratado põe, antes do mais, a Europa em grave risco, dada a natureza da aliança militar entre aquele país e a União Europeia, consubstanciada na NATO. Se a Rússia for atacada nuclearmente os seus sistemas de Mútua Destruição Assegurada (Mutual Assured Destruction, ou MAD, acrónimo que tem a particularidade de significar «louco», em inglês) dispararão em segundos. Os sistemas MAD prevêm o disparo automático de todos os mísseis e armas nucleares disponíveis contra os potenciais atacantes (previamente definidos) mesmo que os sistemas de comando e a direcção político-militar do país tenham sido completamente destruídos. Tanto os EUA como a Rússia dispõem de um arsenal nuclear para destruir várias vezes o planeta.