Friday, August 31, 2018

DA MAIOR IMPORTÂNCIA -- THIERRY MEYSSAN -- CARTA ABERTA AO PRESIDENTE TRUMP SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO 11 DE SETEMBRO




CARTA ABERTA AO PRESIDENTE TRUMP SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO 11 DE SETEMBRO
por Thierry Meyssan
REDE VOLTAIRE | DAMASCO (SÍRIA) | 30 DE AGOSTO DE 2018

ENGLISH FRANÇAIS ESPAÑOL  
JPEG - 26.8 kb
Senhor Presidente,
Os crimes do 11 de Setembro de 2001 nunca foram julgados no seu país. Estou a escrever-lhe, na qualidade de cidadão francês, o primeiro que denunciou as incoerências da versão oficial e abriu o debate mundial sobre a investigação dos verdadeiros culpados.
Quando somos jurados de um tribunal criminal, devemos determinar se o suspeito que nos é apresentado, é culpado ou não, e, em caso afirmativo, que sentença lhe deve ser aplicada. Quando testemunhamos os acontecimentos do 11 de Setembro, a Administração Bush Jr. afirmou que o culpado era a Al-Qaeda e que o castigo seria a derrubada daqueles que a ajudaram: os Taliban afegãos, depois o regime iraquiano de Saddam Hussein.
No entanto, muitas pistas atestam a impossibilidade desta tese. Se fôssemos jurados, declararíamos objectivamente, os Taliban afegãos e o regime de Saddam Hussein inocentes deste crime. É claro que não saberíamos quem é o verdadeiro culpado e isso frustrar-nos-ia. Mas não concebemos condenar pessoas inocentes por esse crime, porque não soubemos ou não pudemos, encontrar os culpados.
Todos nós compreendíamos que altas personalidades estavam a mentir, quando o Secretário da Justiça e o Director do FBI, Robert Mueller, revelaram os nomes dos 19 presumíveis piratas do ar. Pois já tínhamos diante de nós, as listas divulgadas pelas companhias de aviação da totalidade dos passageiros embarcados; listas em que nenhum desses suspeitos figurava.
A partir daí, ficamos desconfiados do “governo de Continuidade”, o poder encarregado de substituir as autoridades eleitas, caso elas morram durante um confronto nuclear. Aventamos a hipótese de que esses ataques mascaravam um golpe de Estado, em conformidade com o método que Edward Luttwak tinha imaginado: manter a aparência do Executivo, mas impondo uma política diferente.
 Nos dias a seguir ao 11 de Setembro, a Administação Bush tomou várias decisões:

Ø  A criação do Departamento de Segurança Interna/Office of Homeland Security e o voto para um volumoso Código anti-terrorista elaborado com bastante antecedência, o USA Patriot Act. Para os assuntos que a administração designa como "terroristas", este texto suspende a Bill of Rights/ Declaração de Direitos que fez a glória do seu país. Desequilibra as vossas instituições. Assegura, dois séculos mais tarde, o triunfo dos grandes proprietários que elaboraram a Constituição e a derrota dos heróis da Guerra da Independência, que exigiram que lhe incluíssem a Bill of Rights.

Ø O Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, criou o Office of Force Transformation, sob o comando do almirante Arthur Cebrowski. Ele apresentou imediatamente um plano, concebido de longa data, prevendo controlar o acesso aos recursos naturais dos países do sul. Exigia destruir estruturas estatais e vida social em metade do mundo ainda não globalizado. Simultaneamente, o Director da CIA lançou a "Matriz do Ataque Global", um conjunto de operações secretas em 85 países, onde Rumsfeld e Cebrowski pretendiam destruir as estruturas do Estado. Considerando que apenas os países cujas economias estavam globalizadas, seriam estáveis e que os outros seriam destruídos, os homens do 11 de Setembro colocaram as Forças Armadas USA ao serviço de interesses financeiros transnacionais. Eles traíram o seu país e fizeram dele o braço armado desses predadores.
Nos últimos 17 anos, vimos o que dá aos seus concidadãos, o governo dos sucessores daqueles que redigiram a Constitution e que se opuseram, sem êxito, nessa altura, à Bill of Rights : os ricos tornaram-se super-ricos, enquanto a classe média foi reduzida a um quinto e a pobreza aumentou.
Também vemos a implementação da estratégia Rumsfeld-Cebrowski: as denominadas “guerras civis” devastaram a maior parte do Médio Oriente Alargado. Cidades inteiras foram varridas do mapa desde o Afeganistão até à Líbia, passando pela Arábia Saudita e pela Turquia, que, todavia, não estavam em guerra.
Em 2001, só dois cicadãos dos  Estados Unidos da América denunciaram as incoerências da versão Bush, dois promotores imobiliários: o democrata Jimmy Walter, que foi forçado a exilar-se, e o Senhor, que, em breve entrou na política e foi eleito presidente.
Em 2011, vimos o comandante da AFRICOM ser dispensado da sua missão, em benefício da NATO, por se recusar a apoiar a Al-Qaeda a fim de derrubar a Jamahiriya Árabe Líbia. Depois, vimos a LANDCOM da NATO, organizar o apoio ocidental aos jihadistas em geral e à Al-Qaeda em particular, para derrubar a República Árabe Síria.
Assim, os jihadistas, considerados os “combatentes da liberdade” contra os soviéticos,  depois como “terroristas” no 11 de Setembro, tornando-se nos aliados do Estado Profundo (Deep State) que eles nunca deixaram de ser.
Também temos assistido, com imensa esperança, à sua acção para suprimir, um a um, todo o apoio aos jihadistas. É com a mesma esperança que o vemos hoje dialogar com o seu colega russo a fim de restaurar a vida no devastado Médio Oriente Alargado. E é com uma preocupação equivalente que vemos Robert Mueller, que se tornou Procurador especial, continuar a destruição da sua pátria, ao atacar a sua posição.
Senhor Presidente, não só o Senhor e os seus compatriotas sofrem com a diarquia estabelecida no seu país desde o golpe de 11 de Setembro, mas o mundo inteiro é uma vítima dessa mesma diarquia.
Senhor Presidente, o 11 de Setembro não é uma história antiga. É o triunfo dos interesses transnacionais que hoje esmagam não só o seu povo, mas toda a Humanidade que aspira à liberdade. 
Thierry Meyssan
Thierry Meyssan abriu o debate mundial sobre os verdadeiros responsáveis pelo 11 de Setembro. Trabalhou como analista político ao lado de Hugo Chavez, Mahmoud Ahmadinejad e Mouamar Kadhafi. Presentemente, é um refugiado político na Síria.

 Fonte: 

Thursday, August 30, 2018

OF THE UTMOST IMPORTANCE --Thierry Meyssan -- Open letter to President Trump concerning the consequences of 11 September 2001




Open letter to President Trump concerning the consequences of 11 September 2001


 | DAMASCUS (SYRIA)  


JPEG - 26.8 kb
Mister President,
The crimes of 11 September 2001 have never been judged in your country. I am writing to you as a French citizen, the first person to denounce the inconsistencies of the official version and to open the world to the debate and the search for the real perpetrators.
In a criminal court, as the jury, we have to determine whether the suspect presented to us is guilty or not, and eventually, to decide what punishment he should receive. When we suffered the events of 9/11, the Bush Junior administration told us that the guilty party was Al-Qaïda, and the punishment they should receive was the overthrow of those who had helped them – the Afghan Taliban, then the Iraqi régime of Saddam Hussein.
However, there is a weight of evidence which attests to the impossibility of this thesis. If we were members of a jury, we would have to declare objectively that the Taliban and the régime of Saddam Hussein were innocent of this crime. Of course, this alone would not enable us to name the real culprits, and we would thus be frustrated. But we could not conceive of condemning parties innocent of such a crime simply because we have not known how, or not been able, to find the guilty parties.
We all understood that certain senior personalities were lying when the Secretary of State for Justice and Director of the FBI, Robert Mueller, revealed the names of the 19 presumed hijackers, because we already had in front of us the lists disclosed by the airline companies of all of the passengers embarked - lists on which none of the suspects were mentioned.
From there, we became suspicious of the « Continuity of Government », the instance tasked with taking over from the elected authorities if they should be killed during a nuclear confrontation. We advanced the hypothesis that these attacks masked a coup d’état, in conformity with Edward Luttwak’s method of maintaining the appearance of the Executive, but imposing a different policy.
In the days following 9/11, the Bush administration made several decisions:
- the creation of the Office of Homeland Security and the vote for a voluminous anti-terrorist Code which had been drawn up long beforehand, the USA Patriot Act. For affairs which the administration itself qualifies as « terrorist », this text suspends the Bill of Rights which was the glory of your country. It unbalances your institutions. Two centuries later, it validates the triumph of the great landowners who wrote the Constitution and the defeat of the heroes of the War of Independence who demanded that the Bill of Rights must be added.
- The Secretary for Defense, Donald Rumsfeld, created the Office of Force Transformation, under the command of Admiral Arthur Cebrowski, who immediately presented a programme, conceived a long time earlier, planning for the control of access to the natural resources of the countries of the South. He demanded the destruction of State and social structures in the half of the world which was not yet globalized. Simultaneously, the Director of the CIA launched the « Worldwide Attack Matrix », a package of secret operations in 85 countries where Rumsfeld and Cebrowski intended to destroy the State structures. Considering that only those countries whose economies were globalized would remain stable and that the others would be destroyed, the men from 9/11 placed US armed forces in the service of transnational financial interests. They betrayed your country and transformed it into the armed wing of these predators.
For the last 17 years, we have witnessed what is being given to your compatriots by the government of the successors of those who drew up the Constitution and opposed at that time - without success – the Bill of Rights. These rich men have become the super-rich, while the middle class has been reduced by a fifth and poverty has increased.
We have also seen the implementation of the Rumsfeld-Cebrowski strategy – phony « civil wars » have devastated almost all of the Greater Middle East. Entire cities have been wiped from the map, from Afghanistan to Libya, via Saudi Arabia and Turkey, who were not themselves at war.
In 2001, only two US citizens denounced the incoherence of the Bush version, two real estate promoters – the Democrat Jimmy Walter, who was forced into exile, and yourself, who entered into politics and was elected President.
In 2011, we saw the commander of AFRICOM relieved of his mission and replaced by NATO for having refused to support Al-Qaïda in the liquidation of the Libyan Arab Jamahiriya. Then we saw NATO’s Landcom organize Western support for jihadists in general and Al-Qaïda in particular in their attempt to overthrow the Syrian Arab Republic.
So the jihadists, who were considered as « freedom fighters » against the Soviets, then as « terrorists » after 9/11, once again became the allies of the deep state, which, in fact, they have always been.
So, with an immense upsurge of hope, we have watched your actions to suppress, one by one, all support for the jihadists. It is with the same hope that we see today that you are talking with your Russian counterpart in order to bring back life to the devastated Middle East. And it is with equal anxiety that we see Robert Mueller, now a special prosecutor, pursuing the destruction of your homeland by attacking your position.
Mister President, not only are you and your compatriots suffering from the diarchy which has sneaked into power in your country since the coup d’état of 11 September 2001, but the whole world is a victim.
Mister President, 9/11 is not ancient history. It is the triumph of transnational interests which are crushing not only your people but all of humanity which aspires to freedom.
Thierry Meyssan brought to the world stage the debate on the real perpetrators of 11 September 2001. He has worked as a political analyst alongside Hugo Chavez, Mahmoud Ahmadinejad and Mouamar Kadhafi. He is today a political refugee in Syria.

DE LA MAYOR IMPORTANCIA -- Thierry Meyssan -- Carta abierta al presidente Trump sobre las consecuencias del 11 de Septiembre


Carta abierta al presidente Trump sobre las consecuencias del 11 de Septiembre


 | DAMASCO (SIRIA)  

JPEG - 26.8 KB
Señor Presidente,
En su país nunca hubo juicios por los crímenes del 11 de Septiembre de 2001. Dirijo a usted esta carta como el ciudadano francés que primero denunció las incoherencias de la versión oficial y que abrió mundialmente el debate sobre la búsqueda de los culpables.
Cuando somos llamados a hacer el papel de jurado en un tribunal penal, estamos llamados a determinar si el sospechoso que nos presentan es culpable o no y, posiblemente, a decidir la pena que debe aplicársele. Ante los acontecimientos del 11 de Septiembre, la administración de George Bush hijo nos dijo que el culpable era al-Qaeda y que el castigo sería el derrocamiento de todos los que habían ayudado a al-Qaeda, o sea los talibanes afganos y, después, el régimen iraquí de Saddam Hussein.
Pero existen numerosos indicios que desmienten esa tesis de manera irrefutable. Si fuésemos jurados, tendríamos que declarar objetivamente a los talibanes y al régimen de Saddam Hussein inocentes, al menos de ese crimen. Por supuesto, no por ello sabríamos quién es el verdadero culpable y eso nos sumiría en un sentimiento de frustración. Pero no podemos aceptar que se condene a quienes no cometieron ese crimen, sólo porque nosotros no hemos sabido, o podido, encontrar a los verdaderos culpables.
Todos hemos entendido ya que altas personalidades estaban mintiendo cuando el secretario de Justicia y el director del FBI, Robert Muller, publicaron los nombres de los 19 supuestos participantes en los secuestros de los aviones implicados en los hechos del 11 de Septiembre. Y lo supimos porque ya teníamos las listas de todos los pasajeros de los aviones, divulgadas por las compañías aéreas, y ninguno de aquellos sospechosos aparecía en dichas listas.
Basándonos en esos elementos sospechamos del «Gobierno de Continuidad», instancia encargada de tomar el lugar de los responsables electos si estos muriesen en una confrontación nuclear. Emitimos entonces la hipótesis de que tras aquellos atentados se escondía un golpe de Estado, planificado según el método concebido por Edward Luttwak, consistente en mantener, en apariencia, el ejecutivo que ya estaba en el poder, pero obligándolo a aplicar una política diferente.
Inmediatamente después de los acontecimientos del 11 de Septiembre, la administración de Bush hijo adoptó, en cuestión de días, varias decisiones:
- Creó el Departamento de Seguridad de la Patria (Homeland Security) e hizo votar en el Congreso un voluminoso código antiterrorista –redactado mucho antes de los atentados–, la llamada Ley o Acta Patriótica (USA Patriot Act). Redactado para los casos que la administración pueda decidir calificar como «terrorismo», ese texto suspende la Carta de Derechos (Bill of Rights) en la que se sustentó la gloria de su país. La “Ley Patriótica” desequilibra las instituciones estadounidenses y garantiza, dos siglos más tarde, el triunfo de los grandes propietarios que redactaron la Constitución y la derrota de los héroes de la Guerra de Independencia que exigieron que se agregara a aquella Constitución la Carta de Derechos.
- El secretario de Defensa Donald Rumsfeld creó la «Oficina de Transformación de la Fuerza» (Office of Force Transformation), bajo la dirección del almirante Arthur Cebrowski, quien de inmediato presentó un plan –concebido desde mucho antes– para controlar el acceso a los recursos naturales de los países del sur. Ese plan exigía la destrucción de las estructuras mismas de los Estados y sociedades en los países de la mitad del mundo aún no globalizada. Simultáneamente, el director de la CIA inició la «Matriz del Ataque Mundial», un conjunto de operaciones secretas en 85 países cuyos Estados y sociedades Rumsfeld y Cebrowski querían destruir. Estimando que sólo se mantendrían estables los países cuyas economías estaban globalizadas, y que los otros serían destruidos, los verdaderos organizadores del 11 de Septiembre pusieron las fuerzas armadas de Estados Unidos al servicio de intereses financieros transnacionales. Traicionaron así a Estados Unidos y lo convirtieron en el brazo armados de los depredadores.
Hace 17 años que estamos viendo las consecuencias que ha tenido para los conciudadanos de usted, Presidente, el gobierno de los sucesores de aquellos que redactaron la Constitución y se opusieron en su época –sin éxito– a la «Carta de Derechos». Esas consecuencias son que los ricos se han convertido en súper ricos mientras que la clase media se ha reducido a la quinta parte de lo que fue y la pobreza se ha extendido.
Vemos también la aplicación de la estrategia Rumsfeld-Cebrowski: supuestas «guerras civiles» han destruido casi todo el Medio Oriente ampliado. Desde Afganistán hasta Libia, pasando por Arabia Saudita y Turquía –dos países que ni siquiera han estado en guerra–, ciudades enteras han sido borradas del mapa.
En 2001, sólo dos ciudadanos estadounidenses, dos promotores inmobiliarios, denunciaron las incoherencias de la versión de la administración Bush Jr. Fueron el demócrata Jimmy Walter, quien acabó viéndose obligado a exilarse, y usted mismo. Usted entró entonces al mundo de la política y acabó siendo electo presidente.
En 2011, vimos como el entonces comandante del AfriCom era separado de su cargo –en beneficio de la OTAN– por haberse negado a respaldar a al-Qaeda en su papel de fuerza terrestre que debía destruir la Yamahiriya Árabe Libia. Vimos después como el LandCom de la OTAN organizaba el apoyo de Occidente a los yihadistas en general y a al-Qaeda en particular en el intento de derrocamiento emprendido contra la República Árabe Siria.
O sea, los yihadistas, considerados «combatientes de la libertad» (Freedom fighters) cuando combatían a los soviéticos, considerados después «terroristas» en tiempos del 11 de Septiembre, se convertían nuevamente en los aliados del Estado Profundo que en realidad nunca dejaron de ser.
Vimos con inmensa esperanza los pasos que dio usted para suprimir uno a uno todos los apoyos que tenían los yihadistas. Con esa misma esperanza inmensa le vemos hoy a usted dialogar con su homólogo ruso para que vuelva la vida al devastado Medio Oriente. Y es con el mismo grado de inquietud que vemos a Robert Muller, hoy convertido en fiscal especial, proseguir la destrucción de su patria arremetiendo contra la función presidencial que usted ejerce.
Señor Presidente, no son usted y sus conciudadanos los únicos que sufren a causa de la diarquía que se ha instalado en Estados Unidos desde el golpe de Estado del 11 de Septiembre. El mundo entero es víctima.
Señor Presidente, el 11 de Septiembre no es historia antigua. El 11 de Septiembre fue el triunfo de intereses transnacionales cuyo peso se abate hoy no sólo sobre el pueblo estadounidense sino sobre toda la Humanidad que aspira a la libertad.
Thierry Meyssan inició mundialmente el debate sobre quiénes son los verdaderos responsables de los acontecimientos del 11 de Septiembre de 2001. Ha trabajado como analista político junto a Hugo Chávez, Mahmud Ahmadineyad y Muammar el-Kadhafi. Es actualmente refugiado político en Siria.

Wednesday, August 29, 2018

EN -- Manlio Dinucci -- «THE ART OF WAR» -- Bridges collapsed and bridges bombed


With all bridges destroyed, Novi Sad residents were forced to cross the Danube with an army pontoon ferry. More photos available HERE

Bridges collapsed and bridges bombed
by Manlio Dinucci

« The image is truly apocalyptic. It looks as though a bomb has fallen on this stretch of road, which is a major artery » - that is how a journalist described the Morandi bridge in Genoa just after it had collapsed, destroying the lives of dozens of people [1].
These words bring to mind other images, those of about 40 Serbian bridges destroyed by NATO bombing in 1999 - among these the bridge over the Morava in Southern Serbia, where two missiles hit a train and massacred the passengers. For 78 days, taking off mostly from   Italian bases supplied by the D’Alema government, 1,100 planes made 38,000 sorties, launching 23,000 bombs and missiles. They systematically destroyed Serbian structures and infrastructures, causing thousands of civilian victims. 54 Italian planes participated in the attacks, making 1,378 sorties and attacking objectives indicated by the US command. « Taking into account the number of planes involved, we were second only to the United States. Italy is a major country, and there should be no surprise at the engagement we are showing in this war », declared D’Alema.
In the same year that it took part in the final demolition of the Yugoslavian State, the D’Alema government dismantled the public property of the Società Autostrade (also manager of the Morandi bridge), by handing over a part of it to a group of shareholders, and listing the rest on the Stock Exchange. The Morandi bridge collapsed fundamentally under the responsibility of a system centered on profit, the same system which is at the heart of the powerful interests represented by NATO.
The comparison between the images of the collapsed Morandi bridge and the bombed Serbian bridges, which may at first seem forced, is on the contrary well-founded.
First of all, the terrible scene of victims buried under the rubble by the collapse should make us reflect on the horrible reality of war, which the major media present to us as a sort of  'war game', with the pilot taking aim at the bridge and the remote-controlled bomb blowing it to pieces.
Secondly, we should remember that on 28 March, the European Commission presented a plan of action which anticipates the repair and maintenance of EU structures, including the bridges, but not in order to make them safer for civilian mobility, but more efficient for military mobility [2].
In reality, this plan was decided by the Pentagon and by NATO, who demanded that the EU  « improve civilian infrastructures so that they will be better adapted to military requirements » - in other words, to be able to displace tanks, self-propelled cannons and other heavy military vehicles as quickly as possible from one European country to another, in order to move against « Russian aggression ». For example – if a bridge is not able to support the weight of a column of tanks, it will have to be reinforced or rebuilt.
We might believe that in this case, if the bridge is strengthened, it will therefore also become safer for civilian vehicles. But the question is not so simple.
These modifications will only be made for military mobility on the most important land arteries, and the enormous expenditure will be assumed by each country, which will be obliged to subtract the cost from its resources for the general improvement of its infrastructures.
A financial contribution by the EU is planned for a sum of 6,5 billion Euros, but - as specified by Federica Mogherini, responsible for the « security policy » of the EU – only in order to « ensure that infrastructures of strategic importance are adapted to military requirements ».
But time flies – by September, the European Council will have to specify (on orders from NATO) the list of the infrastructures which must be potentialized for military mobility. Will the Morandi bridge be listed and rebuilt so that US and NATO tanks can safely transit over the heads of the people of Genoa?

[1] The Morandi bridge, an important motorway viaduct in Genoa, managed by a private company, collapsed on 14 August, causing more than 40 victims. The probable cause is a structural collapse, the signs of which were nonetheless ignored for years. (Editor's note).
[2] “The Militarization of the European Union: Schengen Area Handed Over to US-NATO Forces”, by Manlio Dinucci, Il Manifesto (Italy), Voltaire Network, 7 April 2018.
il manifesto, August 28, 2018
Translator: Pete Kimberley
NO WAR NO NATO

SP -- Manlio Dinucci -- «EL ARTE DE LA GUERRA» -- Puentes que se derrumban y puentes bombardeados


«EL ARTE DE LA GUERRA»

Puentes que se derrumban y puentes bombardeados

Todos vimos con horror el derrumbe del puente Morandi en Génova. Desde Roma, Manlio Dinucci nos recuerda que la empresa que se ocupaba de ese puente fue privatizada… para pagar los bombardeos italianos que destruían puentes en Serbia. Eso sucedió en 1999, por orden de la OTAN.

 | ROMA (ITALIA)  

JPEG - 61.7 KB
«La imagen es verdaderamente apocalíptica. Como si hubiera caído una bomba en esa importantísima arteria.» Así describía un periodista la catástrofe del puente Morandi, que acababa de derrumbarse en Génova, segando las vidas de varias decenas de personas [1].
Esa descripción trae a la mente otras imágenes, las de unos 40 puentes destruidos en Serbia por los bombardeos de la OTAN, en 1999. Entre ellos estaba el puente sobre el río conocido como Morava del Sur. Dos misiles alcanzaron un tren que cruzaba aquel puente, destruyéndolo y provocando una verdadera masacre. Durante 78 días, 1 100 aviones efectuaron 38 000 bombardeos aéreos, utilizando contra Serbia 23 000 bombas y misiles y despegando principalmente de las bases italianas que el gobierno del entonces primer ministro Massimo D’Alema puso a la disposición de la OTAN.

TR -- Manlio Dinucci -- Çöken köprüler ve bombalanan köprüler


Çöken köprüler ve bombalanan köprüler

Cenova’daki Morandi Köprüsünün yıkılması karşısında dehşete düştüğümüz bir sırada Manlio Dinucci bize bu yapıyı gerçekleştiren şirketin, İtalyan Ordusu tarafından Sırbistan’da yıkılan köprülerin bedelini ödemek için özelleştirildiğini anımsatıyor. Bu olay 1999 yılında NATO’nun emriyle gerçekleştirildi.

 | ŞAM (SURİYE)  

JPEG - 61.7 kb
« Görüntü felaketti, bu çok önemli anayolun üzerine bir bomba düşmüş gibiydi »: Onlarca kişinin ölümüne neden olan Cenova’da yıkılan Morandi Köprüsünü bir gazeteci bu şekilde tanımlıyordu [1].
Bu sözcükler başka görüntüleri, NATO bombardımanlarıyla yıkılan, aralarında iki füzenin üzerinden geçen treni vurarak yolcularını katlettiği Morava’nın güney kesiminde yer alan köprünün de yer aldığı yaklaşık 40 Sırp köprüsünün görüntülerini akla getiriyor. Alema Hükümeti tarafından sağlanan İtalyan üslerinden havalanan 1 100 uçak 78 gün boyunca 38 000 sorti gerçekleştirerek 23 000 adet bomba ve füze bıraktılar. Sırbistan’ın yapı ve altyapılarını sistematik bir şekilde imha ettiler ve binlerce sivilin yaşamını yitirmesine yol açtılar. Bombardımanlara 1 378 sorti gerçekleştiren ve ABD’li komutanlığın belirlediği hedeflere saldıran 54 İtalyan uçağı katıldı. Alema, « uçak sayısı olarak, ABD’den sonra ikinci ülke olduk. İtalya büyük bir ülkedir ve bu savaşta gösterdiğimiz kararlılık karşısında kimse şaşırmamalıdır » diye açıklamada bulundu.

Tuesday, August 28, 2018

FR -- Manlio Dinucci -- « L’art de la guerre » -- Ponts écroulés et ponts bombardés


Avec tous les ponts détruits, les habitants de Novi Sad ont été forcés de traverser le Danube par un ferry avec un ponton militaire. Plus de photos disponibles ICI

« L’Art de la Guerre »

Ponts écroulés et ponts bombardés

par Manlio Dinucci



« L’image est vraiment apocalyptique, on dirait qu’une bombe est tombée sur cette très importante artère » : voilà comment un journaliste a décrit le pont Morandi qui venait de s’écrouler à Gênes, en brisant la vie de dizaines de personnes [1].

Mots qui ramènent à l’esprit d’autres images, celles des environ 40 ponts serbes détruits par les bombardements Otan en 1999, parmi lesquels le pont sur la Morava méridionale où deux missiles frappèrent un train en massacrant chez ses passagers. Pendant 78 jours, décollant surtout des bases italiennes fournies par le gouvernement D’Alema, 1 100 avions effectuèrent 38 000 sorties, larguant 23 000 bombes et missiles. Détruisant systématiquement les structures et infrastructures de la Serbie, et provoquant des milliers de victimes chez les civils. Aux bombardements participèrent 54 avions italiens, qui effectuèrent 1 378 sorties, en attaquant les objectifs désignés par le commandement étasunien. « Pour le nombre d’avions nous n’avons été seconds que derrière les USA. L’Italie est un grand pays et on ne doit pas s’étonner de l’engagement montré dans cette guerre », déclara D’Alema.

Dans l’année même où il participait à la démolition finale de l’État yougoslave, le gouvernement D’Alema démolissait la propriété publique de la Società Autostrade (gestionnaire aussi du pont Morandi), en en cédant une partie à un groupe d’actionnaires privés et en cotant le reste en Bourse. Le pont Morandi s’est écroulé fondamentalement par la responsabilité d’un système centré sur le profit, le même qui est à la base des puissants intérêts représentés par l’OTAN/NATO.

Le rapprochement entre les images du pont Morandi écroulé et des ponts serbes bombardés, qui à première vue peut sembler forcé, est au contraire fondé.

Avant tout, la scène déchirante des victimes ensevelies par l’écroulement devrait nous faire réfléchir sur l’horrible réalité de la guerre, que les grands médias nous mettent sous les yeux comme une sorte de wargame, avec le pilote qui cible le pont et la bombe téléguidée qui le fait sauter en l’air.

En second lieu nous devrions nous rappeler que la Commission européenne a présenté le 28 mars un plan d’action prévoyant la potentialisation des infrastructures de l’UE, ponts compris, mais pas pour les rendre plus sûres pour la mobilité civile, mais plus aptes à la mobilité militaire [2]

En réalité, le plan a été décidé par le Pentagone et par l’OTAN/NATO, qui ont demandé à l’UE d’« améliorer les infrastructures civiles afin qu’elles soient adaptées aux exigences militaires » : de façon à pouvoir déplacer avec la plus grande rapidité des chars d’assaut, cannons autopropulsés et autres véhicules militaires lourds, d’un pays européen à l’autre pour faire face à « l’agression russe ». Par exemple : si un pont n’est pas en mesure de supporter le poids d’une colonne de chars d’assaut, il devra être renforcé ou reconstruit.

On dira que dans ce cas le pont deviendra plus sûr aussi pour les véhicules civils. Mais la question n’est pas aussi simple.

Ces modifications ne seront effectuées que sur les tronçons les plus importants pour la mobilité militaire et l’énorme dépense sera à la charge de chaque pays, qui devra soustraire des ressources à l’amélioration générale des infrastructures.

Une contribution financière de l’UE est prévue pour un montant de 6,5 milliards d’euros, mais —a précisé Federica Mogherini, responsable de la « politique de sécurité » de l’UE— seulement pour « assurer que des infrastructures d’importance stratégique soient adaptées aux exigences militaires ».
Le temps presse : pour septembre le Conseil européen devra spécifier (sur indication de l’OTAN/NATO) la liste des infrastructures à potentialiser pour la mobilité militaire. Le pont Morandi y figurera-t-il, reconstruit pour que les chars d’assaut des USA et de l’Otan puissent en sécurité transiter sur la tête des Gênois ?

il manifesto, 28 août 2018   
         
[1] Le pont Morandi, important viaduc autoroutier de Gênes géré par une société privée, s’est écroulé le 14 août, en faisant plus de 40 victimes. La cause probable est un effondrement structurel, dont les signes ont cependant été ignorés pendant des années. Ndlt.

[2] « UE : un "espace Schengen" pour l’Otan », par Manlio Dinucci, Traduction Marie-Ange Patrizio, Il Manifesto (Italie) , Réseau Voltaire, 3 avril 2018.

Traduction: Marie-Ange Patrizio

NO WAR NO NATO
SIGN THIS PETITON

https://www.pandoratv.it/category/opinioni/manlio-dinucci-opinioni/

RÉSEAU VOLTAIRE -- Pour Lavrov, Guterres ne serait qu’un homme de paille à la tête de l’Onu

Pour Lavrov, Guterres ne serait qu’un homme de paille à la tête de l’Onu

  
Recevant le ministre libanais des Affaires étrangères et des Immigrés, Gibran Bassil, son homologue russe, Sergueï Lavrov, a levé une nouvelle fois le voile sur le fonctionnement réel des Nations unies [1].
Selon la Charte, l’Organisation a pour but de régler pacifiquement les différends entre les nations. Cependant, depuis juillet 2012, le véritable pouvoir n’y est plus détenu par le secrétaire général, mais par son « numéro 2 » : le directeur des Affaires politiques, Jeffrey Feltman. En dehors de tout contrôle, celui-ci utilise les moyens de l’Onu pour maintenir la guerre dans tout le « Moyen-Orient élargi ».
Sergueï Lavrov a révélé qu’inquiet de l’absence de participation de l’Unesco à la restauration de Palmyre malgré ses engagements, il avait fini par découvrir que cette agence de l’Onu s’était vue interdire par Feltman de remplir sa mission.
Il s’avère que Jeffrey Feltman a rédigé, en octobre 2017, une directive secrète à toutes les agences et à tous les services de l’Organisation leur interdisant de participer à quelque action que ce soit qui puisse aider à relever l’économie syrienne. Le Conseil de sécurité n’a pas été informé de cette initiative.
Ancien ambassadeur US à Beyrouth, puis adjoint d’Hillary Clinton pour le Moyen-Orient élargi, Jeffrey Felman avait déjà rédigé, lors de sa prise de fonction à New York, en juillet 2012, un plan de capitulation totale et inconditionnelle de la République arabe syrienne [2]. Sur cette base, il a fait échouer toutes les négociations de paix, quelles soient conduites par Kofi Annan, Lakhdar Brahimi ou Stefan de Mistura.
Lavrov a indiqué avoir saisi le nouveau secrétaire général de l’Onu, António Guterres, et lui avoir demandé de clarifier cette situation.

Monday, August 27, 2018

PT -- Manlio Dinucci -- A Arte da Guerra -- Pontes desmoronadas e pontes bombardeadas



Com todas as pontes destruídas, os moradores de Novi Sad foram forçados a atravessar o Danúbio numa barcaça com flutuadores, do exército. Mais fotos disponíveis aqui AQUI


A Arte da Guerra

Pontes desmoronadas e pontes bombardeadas

Manlio Dinucci



“A imagem é realmente apocalíptica, parece que uma bomba caiu nesta artéria muito importante ": um jornalista descreveu, assim, a *ponte Morandi recentemente desmoronada em Génova, cortando a vida de dezenas de pessoas

Palavras que lembram outras imagens, as de cerca de 40 pontes sérvias destruídas pelo bombardeio da NATO em 1999, incluindo a ponte no sul de Morava, onde dois mísseis atingiram um comboio e mataram os passageiros.

Durante 78 dias, levantando voo principalmente das bases italianas fornecidas pelo governo de D'Alema, 1100 aviões fizeram 38 mil ataques, lançando 23 mil bombas e mísseis. As estruturas e infra-estruturas da Sérvia foram sistematicamente desmanteladas, causando milhares de vítimas civis. Nos bombardeamentos participaram 54 aviões italianos, que realizaram 1378 surtidas, atacando os objetivos estabelecidos pelo comando dos EUA.

“Pelo número de aviões, fomos ultrapassados, apenas, pelos USA. A Itália é um grande país e não nos devemos surpreender com o empenho demonstrado nesta guerra”, declarou D'Alema.

No mesmo ano em que participava na demolição final do Estado Jugoslavo, o governo de D'Alema demoliu a propriedade pública da Sociedade Autostrade (também administradora da ponte Morandi), vendendo uma parte a um grupo de accionistas privados e fixando o preço do restante na bolsa de valores. A ponte Morandi desmoronou-se, fundamentalmente, devido à responsabilidade de um sistema orientado para o lucro, o mesmo implícito na base dos poderosos interesses representados pela NATO.

A justaposição entre as imagens da ponte Morandi desmoronada e as pontes sérvias bombardeadas, que à primeira vista podem parecer forçadas, é, pelo contrário,   fundamentada. Primeiro de tudo, a cena angustiante das vítimas enterradas pelo colapso, deve-nos fazer reflectir sobre a horrenda realidade da guerra, tornada pelos meios de comunicação aos nossos olhos, como uma espécie wargame (jogo de guerra), com o piloto a enquadrar a ponte e a bomba teleguiada que a faz saltar pelo ar.

Em segundo lugar, devemos recordar que, em 28 de Março de 2018, a Comissão Europeia apresentou um plano de acção para o reforço das infra-estruturas da UE, incluindo pontes, não para torná-las mais seguras para a mobilidade civil, mas mais adequadas para a mobilidade militar (Ver il manifesto, 3 de Abril de 2018).

O plano foi decidido pelo Pentágono e pela NATO, que requereram à UE para “melhorar as infraestruturas civis de modo a adaptá-las às exigências militares”, de modo a poder mover o mais rapidamente possível, tanques, canhões autopropulsores e outros veículos militares pesados, de um país europeu para outro, para enfrentar a “agressão russa”. Por exemplo, se uma ponte não for capaz de suportar o peso de uma coluna de tanques,  precisará de ser fortalecida ou reconstruída.

Alguns dirão que desta forma a ponte se tornará mais segura até mesmo para veículos civis. A questão não é assim tão simples. Essas mudanças serão feitas apenas nas rotas mais importantes para a mobilidade militar e as enormes despesas serão arcadas pelos países individuais, que terão de subtrair recursos à melhoria geral das infraestruturas.

Está prevista uma contribuição financeira da União Europeia de 6,5 biliões de euros, mas - afirmou Federica Mogherini, responsável pela “política de segurança” da UE - apenas para “garantir que as infraestruturas de importância estratégica sejam adequadas às necessidades militares”. Os tempos são apertados: até Setembro, o Conselho Europeu terá de especificar (sob indicação da NATO) quais são as infraestruturas para melhorar a mobilidade militar. Será também a ponte Morandi, reconstruída para que os tanques dos USA/NATO possam passar com segurança sobre a cabeça dos genoveses?  

*A ponte Morandi, importante viaduto rodoviário de Génova, administrado por uma empresa privada, ruiu no dia 14 de Agosto de 2018, causando mais de 40 vítimas. A causa provável é uma falha estrutural, cujos sinais foram ignorados durante anos. 

il manifesto, 28 de Agosto de 2018

NO WAR NO NATO